Infelizmente, os brasileiros estão cada vez mais endividados, e essa situação pode se tornar uma “bola de neve” muito grande se não for resolvida o quanto antes. As dívidas referentes aos cartões de crédito são as que mais pegam os brasileiros, sendo motivo para muita dor de cabeça.
Dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostram que cerca de 64% das famílias brasileiras têm atrasos em contas, sendo a maioria do atraso advinda dos cartões de crédito.
A facilidade em fazer compras no cartão de crédito no dia a dia, além de possibilitar o pagamento a prazo, torna esse meio de pagamento um dos mais usados. Contudo, é preciso ter controle e organização financeira para não cair em dívidas.
Se você chegou até esse texto nessa situação, nós iremos explicar o passo a passo como negociar a fatura do cartão e quitar seus débitos com parcelas tranquilas, que não comprometam seu bolso. Vamos lá?
Primeiro passo: entenda suas finanças
Com a cabeça fria, coloque no papel todas as suas finanças e avalie sua situação atual. Compare suas despesas com os seus ganhos e veja onde está errando.
Se as suas dívidas estiverem mais altas do que aquilo que você recebe, então, algo está errado. Para que você tenha condições de juntar dinheiro para negociar a fatura do cartão, será preciso fazer cortes de gastos.
Por isso, é importante colocar as despesas no papel. Assim, você pode avaliar aquilo que pode ser economizado e usado para pagar as faturas remanescentes.
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Segundo passo: não use o cartão de crédito
Enquanto estiver com faturas em atraso, não use o cartão de crédito. O limite disponível pode ser tentador, especialmente se tiver um limite alto, mas continuar a usar o cartão é um grande erro.
Se você continuar a usar seu cartão antes de pagar as faturas atrasadas irá começar a acumular uma dívida ainda maior, que pode se tornar aquela enorme “bola de neve” que tira o sono de qualquer consumidor.
Terceiro passo: procure o banco para negociar
Vários bancos disponibilizam centrais de atendimento próprias para fazer negociações de dívidas, o que pode ser bem conveniente.
Mas, se a dívida for de um banco tradicional, sempre prefira o atendimento presencial, consultando um gerente.
Em uma ligação telefônica, muitos atendentes não poderão explorar muito sua proposta e, com isso, você não terá uma negociação significativa. Por outro lado, quando você se apresenta na agência para falar com o gerente, pode abrir o jogo e contar sobre sua real situação financeira.
Para uma negociação eficiente, tenha em mente uma proposta abaixo do valor que você pretende realmente pagar. Assim, quando o gerente negociar o valor real, você ainda terá um valor razoável para não se comprometer.
Outro ponto importante da negociação é exigir a apresentação do Custo Efetivo Total (CET), ou seja, a somatória dos encargos, das taxas, dos impostos e dos juros que serão adicionados ao saldo principal da dívida.
Além de ser um direito do consumidor saber o que está sendo cobrado, essa é uma forma de conhecer exatamente sua dívida e saber qual é a dimensão real da sua situação. Sem analisar o CET, o usuário pode se ludibriar achando que a proposta feita pelo gerente é boa, quando, na verdade, não é.
Por esse motivo, analise muito bem a proposta e somente feche o acordo que estiver ao seu alcance. Caso contrário, você não resolverá o problema com sua dívida e terá ainda maiores problemas futuros.
Tenha em mente que a negociação é de fatura, é um acordo mútuo que beneficia as duas partes, pois, assim como você tem o interesse de quitar a dívida, o banco do seu cartão de crédito também quer receber o que você deve, por mais que seja em parcelas.
Inclusive, em muitos casos, o banco aceita receber valores bem abaixo da dívida real. Por isso, é importante negociar com calma e estar atento a todos os valores apresentados, sejam taxas ou juros.
Dica extra: na hora de fechar o acordo, aceite apenas prestações fixas. O devedor e o banco chegam, normalmente, a um acordo sobre o valor final da dívida e o número de prestações a pagar.
Porém, é só ao assinar o documento que o cliente finalmente percebe que estavam incluídos os juros do parcelamento, como é o caso do crédito rotativo. Não aceite essa situação e recuse-se a assinar tal acordo.
O parcelamento deve ser fixado ao longo do período de pagamento acordado pelas duas partes.
Quarto passo: não deixe as dívidas do cartão acumularem novamente
Este último passo é muito importante. Afinal, depois de negociar uma dívida, o que todos menos querem é passar por essa situação novamente, não é mesmo? Por isso, fique atento às armadilhas do cartão de crédito.
Cabe ressaltar que, por mais que tenha a palavra “crédito” no nome, é necessário tratar o cartão como mais uma forma de pagamento, e não como meio de financiamento de compras.
Então, depois de negociar a fatura do cartão, tome cuidado extra para não perder o controle novamente e enfrentar os mesmo problemas mais uma vez. Lembre-se que o crédito não é sua renda! Então, nunca gaste além do que você pode pagar.
Por fim, saiba que conseguir separar o que é que limite de crédito e poder de compra pode mudar seus hábitos de consumo, os quais devem estar de acordo com suas reais condições financeiras.
Os cartões de crédito não precisam ser vistos como inimigos. Eles podem ser ótimos aliados para comprar um item muito desejado por você, mas dentro do orçamento. E com o uso consciente, eles são sempre bem-vindos.
Seguindo nosso passo a passo, você já pode ir atrás de acabar com suas dívidas atrasadas. Além disso, não se esqueça de colocar o quarto passo em prática para não precisar passar por essa situação mais uma vez.
Se esse artigo tiver sido útil para te ajudar a saber como negociar a fatura do cartão, não esqueça de comentar aqui em baixo e de compartilhar com mais amigos que estão com o mesmo problema!
Até a próxima!
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